sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Temos grandes ilusões na vida. Uma delas é achar que conseguiremos ficar sem pedir a ajuda de alguém.
É que não precisaremos reconhecer nossas faltas para sermos felizes.
É que não precisaremos nos arrepender.
Quando tudo o que queremos é gritar socorro, é chorar de arrependimento, é sussurrar nossas fraquezas.
Achamos que sozinhos seremos livres. Sem pais, sem esposa/esposo, sem filhos.
Talvez sem responsabilidade por outra pessoa que não seja nós mesmos.
Mas um dia,numa manhã acordaremos e poderemos perceber que...
Seriamos mais felizes se olhássemos pro lado e víssemos alguém que realmente nos conhece.
Se crianças entrassem correndo pelo quarto gritando um bom dia.
Se um cachorro viesse junto, lambendo nosso rosto.
Hoje em dia muito é valorizado a pessoa sozinha. O individualismo. O ápice social e a superficialidade.
Realmente se deixar conhecer profundamente é extremamente perigoso, pois alguém saberá de seus maiores medos.É como um ponto fraco.Uma ferida exposta que a qualquer momento será cutucada e te impossibilitará de reagir.
Para fugir disso, as pessoas difundem o envolvimento superficial. Uma noite e nada mais, colegas e não amigos, conversas sobre futebol, mas nunca sobre si mesmo.
Com isso ficamos mais egoístas. Mais solitários e mesquinhos.
Imagino se daqui há alguns anos haverá casamento. Famílias. Amizades verdadeiras.
E tenho medo da resposta.
O mundo entra numa fase de esquecer que existe algo que não o "EU", o "MEU".
Eu não posso prever o futuro, mas eu espero, sinceramente, que a resposta que imagino que virá, não venha.
Porque eu sei que não,nós não viveremos sozinhos. Mas também não quero ver alguém amar uma pessoa porque precisa dela.
O precisar antes do amar.
Dizem que o futuro se refaz a cada segundo, a cada gesto. Que o futuro mude um pouco, quando cada um ler isso, e também ficar com medo de um dia vivermos totalmente egoístas.
Boa Sexta-Feira!

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