sábado, 13 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

"Eu não cai para baixo parceiro, eu cai pra cima"Capitão Nascimento - Tropa de Elite 2
Só esta frase já explicaria muita coisa. Se no primeiro filme o famoso Capitão Nascimento estava somente no controle do seu batalhão e procurando alguém para lhe substituir, na continuação, ele vai além. Ele está dentro da Secretaria de Segurança (não que seja por vontade própria) e na minha opinião, lá a coisa é muito pior.
Acreditem. Tropa de Elite pode dividir opiniões, mas se tem uma coisa que você não vai sentir depois que sair dos cinemas é: Indiferença.
O filme te mostra um sistema que, ou te faz pensar que o Brasil não tem jeito e que precisamos do Saddam Hussein indo de avião para Brasília, ou te faz procurar saídas para melhorar tudo isso.
Porque não vamos nos iludir. Sem teorias da conspiração, aquilo se não for à realidade é uma parte dela. E isso é assustador.
Em várias partes do filme eu me perguntei o que aconteceu para chegar aonde chegamos, o que fizemos ou deixamos de fazer. Se bem que, se tem pergunta mais importante que essa é: O que podemos fazer para mudar tudo isso?
E se o filme vale, é para isso. Fazer pensar. O que para mim já caracteriza uma produção digna de prêmios.
Tropa de Elite 2 abrange vários temas e às vezes o espectador não se dá conta assim que sai de frente das telonas. Depois que você se pega pensando na corrupção, mas também na educação (ou na falta dela), na família e nas capacidades humanas. Para o bem ou para mal. Ali não há heróis. Há seres humanos reagindo ao ambiente, às condições ou falta delas. Cada um com suas crenças e valores. Errados para uns, certos para outros.
Vale a pena pelas frases impactantes e que com certeza estarão (ou já estão) na boca do povo, pela visão de vários lados de uma mesma história e pelo despertar da nossa consciência, que geralmente precisa de um choque para se ligar.
Porque missão dada parceiro, é missão cumprida!

2 comentários:

  1. Muito bom o texto. Realmente é um filme ótimo para se fazer pensar, refletir a realidade dessa sociedade.

    Na questão dos bordões, alguns tem um sentido engraçado também, como "Pica das galáxias" "Quer me fuder me beija"
    ahuehauehauehuaehuaheae

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  2. Valeu Morbeck!

    Minha preferida (e que isso não soe mal.. rs) é "Quer me fuder, me beija"! kkkkkkkkk

    (Isso vai soar mal, com certeza...)

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