sexta-feira, 15 de julho de 2011

As vezes perto ao extremo. Como se pudéssemos nos sentir além do toque, além das palavras que são ditas e das que não são.É como uma ligação única,que ninguém poderia entender,além de nós. Algo parecido com uma troca de olhares cúmplice e discreta.

Porém, em um segundo, nos afastamos. Há uma parede entre nós. A ligação continua a mesma, mas um ou outro tenta fugir, disfarçar, camuflar, negar e afastar. Isso porque a intimidade é tão grande, que chega a incomodar. A profundidade, o encontro de duas almas que facilmente se podem ler.

E se houvesse alguém,um único ser no mundo que pudesse ver além das suas barreiras, além dos seus disfarces tão bem elaborados? Seria amado, e também evitado. Amado porque conhece cada ponto do seu ser. Evitado porque isso parece irreal demais, perigoso demais.

Uma via de mão única. O encontro, um acidente fatal e sem misericórdia. É um estar junto sem querer estar, um querer correr sem conseguir se soltar, uma vontade louca de falar e mesmo assim não falar. É querer dar as mãos e com as mesmas mãos construir uma parede entre elas.

É querer amar,mas machucar para provar que esta ligação não existe. Mas existe.
Um jogo injusto e cruel, um sentimento que talvez não seja chamado de amor, e que é mais do que paixão.
Um sentimento que poderia ser considerado como duas pessoas que se reencontram após uma vida inteira juntas; sentem saudades, mais o que importa é quem segura por mais tempo as lágrimas e o abraço apertado. Porém os dois sabem, pela batida do coração um do outro que...Ainda estão ligados, e estarão, por mais um século e além.

É.... O coração é um oceano de segredos não desvendados....




Um comentário:

  1. Lendo esse post lembrei-me da música 'O que eu também não entendo' do Jota Quest, vale a pena ver o clipe!

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